quarta-feira, 1 de junho de 2011

Sobre a teoria da informação


   Quando realmente devemos confiar numa informação?

   Num mundo globalizado onde as respostas estão a alguns cliques  de distancia e a informação é gratuita e abundante, sua qualidade torna-se seu aspecto mais importante dado à facilidade com que pode ser adquirida.
   Para sabermos o quão confiável é a fonte da informação devemos primeiramente questionar o próprio conceito de informação e sua comunicação.
   A comunicação de informação é feita de diferentes formas, mas normalmente dirige-se para atingir dois grupos distintos (segundo a “Teoria da Informação”). São eles: “público” e “massa”.
   Entendendo melhor esse conceito  poderemos repensar nosso posicionamento nesse tabuleiro.
   “Massa” é o grupo formado por pessoas leigas no assunto em questão, sem formação acadêmica qualquer ou informação privilegiada no assunto.
   As pessoas em geral estão inclusas conceito de “massa” no que diz respeito à maioria das coisas na vida, tendo unicamente um conhecimento real das coisas ligadas a sua profissão, e desconhecendo profundamente as demais coisas do mundo.
   Essas pessoas tendem a ser “repetidoras de informação”, baseando suas opiniões e concepções naquilo que é ouvido na rua ou dito pela mídia. Informações estas que raramente são sabidas ou ditas por técnicos ou especialistas de qualquer área. Trata-se portanto de uma rede de desinformação e propagação de fezes.

“Público” é o grupo que efetivamente sabe sobre algum assunto, tendo instrução sobre o mesmo e conhecimento respaldado por estudos e experiências próprias e não de outrem.
Normalmente não se pode ser totalmente “público” ou “massa”, mas se é um deles em alguns assuntos e outro nos demais.
Não havendo tempo para estudar ou inteirar-se de todos os assuntos que nos agradam, nós como “massa” em determinados assuntos recorremos a fontes externas para solucionar nossas dúvidas.
Devemos nesse momento revestirmo-nos de todo o cuidado, pois o que recebemos nessa busca passará invariavelmente a ser verdade para nós, uma vez que como “massa” obtivemos a informação de fora.
Ser um repetidor de informação é algo muito delicado, pois tomar atitudes  baseado em mentiras ou desinformações pode e sem dúvida nos conduzirá ao erro, que por sua vez pode ter conseqüências seriíssimas!

CLAIROL HERBAL ESSENCES
Segundo o livro  “Administração de Marketing”, Pag 542 ( Philip Kotler) :
“Yes, Yes, Yes..” era o que  as atrizes exclamavam, simulando um orgasmo enquanto lavavam o cabelo e aproveitavam “uma experiência orgânica”, que era o título do comercial. Algumas mulheres achavam o duplo sentido do anúncio aviltante. A Adversiting Women of New York Club , uma associação feminista de propaganda, chegou a conceder o premio “rei do mau-gosto” ao comercial.
“Mas a Protector e Gamble  responsabiliza o anúncio por reavivar uma marca semi-morta. A Herbal Essences tornou-se uma das marcas de maior crescimento no mundo, com um salto de vendas de zero para 700 milhões de dólares em sete anos.”


Vemos aqui um case de publicidade onde, mulheres cujos parceiros deixam a desejar, impulsionaram as vendas de um produto morto para 700 milhões de dólares ao ano a venda de um shampoo em busca de um orgasmo!!!!!
Tal cifra me leva  a crer que mesmo as mulheres com parceiros atenciosos compraram o shampoo em busca de um orgasmozinho extra!!
A mídia é o conjunto de informação ao qual mais recorremos em busca da mesma, portanto é ela quem mais nos ameaça e manipula...
Esse comportamento autômato de buscar na mídia a informação necessária, embalsama confortavelmente as massas num mar de preguiça e burrice, onde ela jaz totalmente dominada.

Desta forma, a mídia é capaz até mesmo de mudar radicalmente os ensinamentos ou estruturas culturais de uma sociedade, uma vez que “suplanta” a transmissão verbal de conhecimento por seu “alcance global”.
Todo esse esforço que tem sido notoriamente feito pelos governantes do mundo para aniquilar nosso vocabulário, tem como objetivo facilitar e subjetivizar a lavagem cerebral midiática que por sua vez impõe ao povo a disciplina e apatia necessária para manter seus patrões com as rédeas nas mãos.

Nenhum comentário: